terça-feira, 15 de setembro de 2015

Manda quem pode; obedece quem tem juízo?


               Sempre ouvi a frase “Faça o que eu digo, não faça o que eu faço!” É a típica desculpinha de quem age incoerente com o que prega. Penso até que a dita sentença poderia ser alterada para “Faça só o que eu mando, porque eu não faço o que eu digo que faço!” Confuso, não é mesmo? Imagine pra quem está sendo liderado por uma pessoa que tem essa frase como síntese da sua prática de liderança!
               Dizem: “Leia!”, mas quem diz não lê! Mandam: “Escreva!” , mas quem manda reclama por ter que fazer a redação na prova do concurso! Pior: “Fale o português corretamente!”, mas diz “ pra mim mandar” ou “ eles não presta atenção”! Se estou sendo advogada do diabo? Estou sim. Como exige dos discípulos comprometimento, se também não é capaz de cumprir os prazos estabelecidos? Que ousadia é essa de apontar o dedo e dizer “o moleque não leu a questão” se também não leu as instruções sobre como aplicar o currículo? Que coragem é essa de “julgar o livro pela capa”, sem esmiuçar o seu conteúdo, sem ao menos ter aberto o seu manual de trabalho? Opinar mas sem apresentar argumentos sólidos, coerentes e fundamentados é falácia! Pura falácia!  

               Mais do que isso: hipocrisia! Sim, hipocrisia na sua mais verdadeira e fiel significação! Prega-se uma atitude, mas comporta-se diferentemente; prega-se a virtude, mas pratica-se o vício; fala uma coisa, mas faz outra. E assim, voltamos para o início: “Faça o que eu mando, e eu faço o que eu quero!” 

Fazendo o “Mea culpa”


               Em certos momentos da vida, sentimos necessidade de agirmos como advogado do diabo diante de situações que até gostaríamos de evitar, mas sempre alguém nos leva a isso. Defender o indefensável é um trabalho árduo e desgastante, faz-nos intolerantes com o próximo e provoca um estresse desnecessário. Por que digo isso? Porque vejo que para muitos é mais fácil “terceirizar” a culpa e a responsabilidade pelo insucesso, seja individual ou coletivo. Mais fácil atribuir o fracasso ao outro. Ouço em demasia as escusas esfarrapadas acerca do erro, sempre sendo jogado para o outro.
               Antes de apontar os culpados pelo erro, que tal rever as próprias atitudes, fazer um “mea culpa”  para ter certeza de que a falha está, sim, no outro; por que não se autoavaliar, fazer um levantamento de suas ações, esgotar ao máximo todas as possibilidades de a falha não ser própria, para aí, sim, buscar a responsabilidade pelo erro no outro?
               Aceitar que errou é a atitude mais difícil para um ser humano tomar. É interessante:  se nos remetermos à Bíblia, veremos que isso é mais antigo do que podíamos imaginar (basta ver que no capítulo sobre a desobediência, Eva e Adão ficaram jogando a culpa sempre de um para outro, a saber, Adão para Eva, e Eva para a serpente). Tomando um outro exemplo, foi mais confortável ameaçar e condenar Galileu Galilei que reconhecer a própria ignorância.  Pois é! Desde tempos imemoriais, o indivíduo nunca quer aceitar que a falha pode ser única e exclusiva dele, e só a ele cabe a iniciativa de se redimir desse “defeito”.

               Sei que não é fácil fazer isso, mas é preciso! Mudar a nossa maneira de agir em relação a essa questão mostra que estamos crescendo como seres humanos, elevando o nosso ser a uma sublime capacidade de lidar com as falhas, com o fracasso e, portanto, podemos partir em busca de soluções viáveis e lógicas para sanar os conflitos, os problemas, os erros. É certo que tudo ficaria muito mais fácil de ser resolvido.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Exercícios sobre Preposição e Conjunção - 9º. anos/2015

Resolvam os exercícios colocando as respostas no caderno. Na aula, eu passo o gabarito. 
PARTE 1 - CONJUNÇÕES

01. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:
a) Agi com calma.                              b) Os mudos falam com as mãos.     
c) Quase morri de vergonha.            d) Aquela rua é demasiado estreita          
                            e) Apesar do fracasso, ele insistiu.

02. Na oração “Ninguém está perdido se der amor...”, a palavra grifada pode ser classificada como:
a) advérbio de modo         b) conjunção adversativa         c) advérbio de condição
           d) conjunção condicional                     e) preposição essencial

03. “Quando eles chegaram...” A palavra sublinhada é:
  a) advérbio          b) adjetivo         c) pronome       d) interjeição       e) conjunção

04.Observar
“Este é um pais rico, ______ a maior parte de seu povo seja muito pobre.”
“É necessário lutar ______ seus sonhos se tomem realidade.”
“Não foi classificado, ______ não. conseguiu realizar a última prova de aptidão.”
“Viajou para o exterior, _______ concluiu seus estudos no Brasil.”
 As locuções conjuntivas que relacionam corretamente as orações acima são respectivamente,
a) já que, para que, uma vez que, visto que.                               
b) ainda que, para que, visto que, logo que.
c) ainda que, mesmo que, apesar de quc, já que.                       
d) mesmo que, desde que, apesar de que, assim que.

05.Observando-se o sentido que uma oração expressa em relação à outra, assinale a alternativa cujas conjunções completam correta e respectivamente os pontilhados do texto abaixo.
“O controle genético do envelhecimento resultará em pessoas capazes de manter por muito mais tempo a saúde física, __________ o corpo humano não foi feito para a imortalidade, ___________ nunca será possível criar seres imortais.”
                  a) mas — portanto                               b) mas — no entanto   
                  c) embora — por isso                         d) portanto — porque

06. Apontar a alternativa que apresenta a conjunção QUE como integrante.
a) “Com efeito, ela diz que, (...) resolveu divulgá-las com a boa intenção de abrir o debate sobre um problema importante.”
b) “São convidados a (...) dar satisfações por causa de faltas que não praticaram?”
c) Há professores que, no dizer do jornal, são improdutivos.
d) “. ..ela crucifica muita gente boa que conhecermos...”

07.  “...os cipós que se emaranhavam...”. A palavra sublinhada é:
a) conjunção explicativa      b) advérbio interrogativo      c) conjunção integrante
                     d) preposição acidental             e) pronome relativo

08. Em qual frase abaixo, a conjunção ”e” apresenta idéia de adversidade.
a) “... seja essa pequena nota com um PG a lápis e  uma assinatura...”
b) “... revelam apenas a imaginação desordenada e o capricho estranho...”
c) “... respondi com frieza a muita bondade e paguei com ingratidão...”
d) “... que “S.” tenha encontrado em mim um apoio e  não  uma decepção”

PARTE 2

Leia abaixo um trecho da crônica “A SOLIDÃO AMIGA” de Rubem Alves e responda as questões seguintes:
A solidão amiga
A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão... Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-mede um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida. 

1. Na expressão “encontrar-se com a turma”, se turma fosse substituída por amigos, a palavra com  sofreria alguma alteração? Por quê? 

2. As palavras usadas destacadas no texto têm o papel de ligar duas outras palavras entre si. São chamadas de preposição.  Liste as preposições  empregadas no texto. 

3. Associe as preposições em destaque com as ideias por elas expressas.
(   ) “...voltar para casa.”                            ( 1 ) finalidade
(   ) “Ninguém para abrir a porta,...”        ( 2 ) lugar
(   ) “...amigos em festas felizes...”             ( 3 ) origem, procedência
(   ) “Vem das fantasias...”                          ( 4 ) companhia
(   ) “...encontrar-se com a turma...” 

4. Observe o papel da preposição nesta frase retirada de um anúncio publicitário.
“O LAZER QUE VOCÊ QUERIA, SEM SAIR DE CASA.”
Complete:
  A palavra “sem” cumpre o papel de ligar o verbo “queria” ao verbo_______________, especificando o modo de se obter lazer. Já palavra _____ liga o verbo “sair” à palavra _______ expressando a ideia de ___________.   

5. As preposições ao ligarem palavras ou orações estabelecem determinados valores semânticos, isto é, determinados sentidos que são definidos pelo contexto. 
Observe os exemplos abaixo retirados do texto: 
 “...é hora de voltar para casa”  “ ... se preparava para uma noite de solidão feliz...”
No primeiro caso, a preposição para relaciona as palavras voltar e casa indicando uma ideia de lugar. Já no segundo caso, a preposição para relaciona as palavras preparava e uma noite, explicitando a ideia de finalidade.
 Identifique os valores assumidos pelas preposições nas frases abaixo.
a. Vou à escola todos os dias.
b. A biblioteca fica a duas quadras da minha casa.
c. Gostaria de ir com você ao cinema
d. A árvore foi cortada com um machado antigo.
e. O avião veio de Fortaleza.
f. A criança estava tremendo de medo.
g. O professor estará  aqui em dez minutos.
h. As lojas foram decoradas para o Natal.
i. Os professores viajaram para São Paulo