sexta-feira, 15 de abril de 2011

Hope

"Nunca mais!" dizia o corvo de Poe. No silêncio, na penumbra já anunciava o que nunca existiu. O abismo vazio, sombrio à frente só mostrava o que nunca deixara de ser. Nada havia. Nem há. Nunca haverá. A certeza daquilo que não que se quer certo. Do que nunca poderia ser certo. "Nunca mais", dizia o corvo de Poe. Sábio corvo, sábio poeta. Nada a lamentar o que nunca existiu. Nada é o que resta. Nada é o que fica. E assim fica para todo o sempre.

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