quinta-feira, 28 de junho de 2012

Carta à Razão


Senhora Dona Razão
Poderia um dia
Deixar—me sentir?
Sentir o perfume alheio,
O riso solto e louco do outro?
Senhora Dona Razão
Poderia deixar de ser tão séria?
Que tal rir o riso bobo dos casais,
Chorar o choro sentido, dolorido da partida?
Senhora Dona Razão
Poderia andar comigo de vez em quando?
Ensinar-me a não ser enganado?
E eu te ensinaria
A caminhar nas nuvens.
Eu poderia te mostrar a doçura de dois
Andarem descalços na chuva de verão...
Oh, Senhora Dona Razão
Será que você poderia deixar de lado
Os compromissos, as fichas
As tarefas e vir comigo se lambuzar
De sorvete na praça?
Senhora Dona Razão
Deixa eu viver também,
O Amor me espera!
Mas ele pode se cansar,
E então serei pedra.
Por isso, Senhora Dona Razão
Abra-se para o amor e
Deixa-me sentir!
Assinado: O Coração!


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mudo amor

Tivesse eu
braços longos
para abraçar causas nobres!


Tivesse eu 
coração de mãe
para caber o amor do mundo!


Tivesse eu
na boca a palavra
talvez pudesse
dizer o quanto te quero...


Dor, desamor...

Coração esfacelado
coração enganado
os olhos que te agradaram
são os mesmos que te machucaram

Por um breve momento
sentiras o gosto do amor
como os relâmpagos no céu
desfez-se o sabor.

Ao amanhecer, no jardim
o orvalho úmido desperta as rosas.
Teus olhos tal qual as flores
de lágrimas fartos, posto que tu choras.


My dear beloved

I miss you so much!
My days are sadness as the night,
silently, deeply dark.
My heart cries all the time
'cause he needs you, wants you,
looks for you.
I've asked to the wind
where is my beloved.
But there's no answer,
just silence.
I went to heaven,
to the Moon,
but I didn't find you...
What I'm gonna do?
My soul needs you to live.
Without you, I can't breathe
I can't smile
I can't laugh
I can't live.
I just can wait to the
Death's hug!

Lost Soul

Lost soul walks around
through the night
through the empty streets
Lost soul walks alone
in the dark way
Deeply darkness
Where does it go?
For what? And why?
Just looking, looking
walking
feeling
nothing...

sábado, 2 de junho de 2012

Já não sou quem era - Humanos


Já não sou quem era
Meus sonhos não são iguais
Já não sou quem era
A hora é sincera
E eu sinto que me estou a agitar
Já não fico à espera
Já não fico à espera mais
Já não fico à espera
De ver acender
Essa luz que me quer ofuscar
Já vejo com os meus olhos
Já vejo sem me deslumbrar
Já vejo as limitações
Já vejo com os meus olhos
Já vejo sem enganar
Perdi as ilusões
Conheço as limitações

Poética


as palavras vêm e vão soltas em minha mente
são pássaros indisciplinados
quero domá-los mas a liberdade é indomável
solta segue sem rumo, sem alvo
uma galáxia inteira de pensamentos
explodindo no meu eu, somente eu
e mais nada vê a nebulosa ideia
se formando e esvanecendo
num átimo se fez e desfez-se
como um raio, apenas o clarão
passageiro ligeiro
que nem sei se vi!

Um dia, Timmy!


Um dia, Timmy

Sua mão em mim, seu olhar em mim
Seu rosto em meu olhar, sua fala em meu ouvir
Sua boca na minha,
Pernas e braços num enlace
De ardor, fulgor, esplendor, amor.
Corações batendo na mesma nota
Mentes sincronizadas
Desejos comuns, mesmos anseios,
Mesmos projetos, mesmo sonhos.
A vida pode ser mais fácil, Timmy
Quando se anda junto.
Quando se quer andar junto.
A mesma estrada, o mesmo lugar,
A mesma casa, a mesma vida.
Um dia,  Timmy, um dia
Juntos.

Timmy


Timmy

Onde está você, Timmy? Onde?
Vem quando quer, Timmy? É assim?
Vai ser sempre assim?

Quem é você, Timmy?
O que quer, Timmy?

Enigmático Timmy, adorado
amado, perturbado, mas
encantador Timmy.

Será um jogo, Timmy?
Ou será realidade?
O que esperar, Timmy?
Pode-se esperar, Timmy?

Ligada a você, Timmy
conectada, perturbada,
Enrascada, Timmy.

Teima!


Teima!

Por que o passado insiste em se fazer presente?
Por que insiste em trazer a dor já cicatrizada?
A mágoa curada, esquecida, perdoada.
Por que lembrar, por que retornar?
Passado é enterrado, por que insiste em ressurgir
Não como fênix,
Mas como o mesmo passado que devia ser esquecido.

Certas coisas foram enterradas
e devem continuar assim.
Mas o passado sempre vem à tona quando menos se espera
Surge, ressurge quando menos se deseja.

Para quê? Por quê?
Quem sabe...
Quem pode entender...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ser Mulher!


Sim! Ser mulher é ser múltipla
é saber chorar e rir mesmo na dor
é ter a força de um homem e a delicadeza da flor
é gerar a vida sem ser dona da vida
é amar mesmo sem conhecer o amor
é decidir mesmo sem ser aceita
é caminhar mesmo sem saber o caminho
é guiar mesmo que à sombra de outrém, 
Conquistar a duras batalhas
o direito de ser, de existir, de viver.
Ser mulher é bênção divina
é presente de Deus. 
É ser espelho de bondade, de amor, paciência.
Ser mulher, mãe, irmã, esposa, amiga, chefe, colega, médica, professora, advogada, faxineira, etc., etc., etc.
Ser mulher e apenas ser humana!!!!!